sexta-feira, 28 de março de 2008

dave grohl é "O" cara. foo fighters é "A" banda


Eu já tive uma banda. Na verdade, foram várias (VÁRIAS MESMO!) tentativas que, invariavelmente, se desmanchavam em dois ou três ensaios, e, acreditem, não deixaram (com honrosas exceções) nenhuma saudade. Mas meu coração sempre terá um lugar especial para a melhor delas, que também foi a primeira. A Haze. Amigos, curtição, muita vontade e pouca grana... ROCK N’ ROLL! Na época, não parecia nada, mas hoje eu te digo... as músicas eram boas e, no final, a gente tava encontrando o tal do “nosso som”. Hoje, quase 15 anos depois (e não é sempre assim?) eu vejo que nós podíamos ter ido mais longe... não ia dar pra tocar no Rock in Rio (Lisboa, Madri, Berlin ou onde quer que o Rio esteja atualmente) mas uma musiquinha na rádio, um showzinho de graça no anfiteatro Pôr-do-Sol, isso sim, hoje acho que dava. E, na boa, isso era tudo que a gente esperava!

ººº

Agora pensa o seguinte: tu faz parte de uma banda que literalmente virou de cabeça pra baixo o que as pessoas escutavam em uma certa época. A tua banda fez a indústria fonográfica rever toda a estratégia de investimentos e se ADAPTAR ao tipo de som que VOCÊS colocaram no mercado. Depois disso, dezenas, centenas de bandas surgiram na carona (algumas muito boas, não significa que sejam cópias...) aproveitando o espaço que vocês criaram. Todos os adolescentes do mundo ocidental se vestem, falam e agem como vocês. Você vende milhões de discos. Toca em centenas de cidades mundo afora. Você fica rico, muito rico. Famoso, muito famoso. E com moral! Muita moral! A música estava indo pro sudoeste e você fez ela ir pro nordeste (sem referências a axé. Juro!). Literalmente você mudou o rumo da música. E sua banda se chamava Nirvana. Aí, o líder da banda cede à pressão e à víbora que tinha em casa e morre. A banda acaba. Mas com a missão cumprida. Qualquer um pegaria seus milhões em direitos autorais mensais, viraria produtor e ia fazer nada pro resto da vida. E porquê não, certo?

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Errado. Pelo menos pro baterista do Nirvana, Dave Grohl. Não contente em participar dessa revolução, o cara ainda teve que montar a banda mais legal depois do Nirvana! O Foo Figthers. Exatamente... se você pensar no melhor rock dos últimos 30 anos, inevitavelmente o nome do cara vai aparecer duas vezes...
E não é só isso. O primeiro disco do FF, de 1995, nasceu como uma demo que o cara enviou pra gravadora mostrando o trabalho e tal, pros da gravata analisarem e dar o veredito se iam investir em cima depois. As 14 músicas do disco foram gravadas na casa do cara, com a seguinte formação: Bateria, claro: Dave Grohl; Guitarra: Dave Grohl; Baixo: Dave Grohl; vocais e backing: Dave Grohl.
Sim, o cara fez tudo sozinho e em casa. Além de escrever letra e música. A gravadora adorou e, antes de existir a banda, já havia sido lançado o disco... excelente, diga-se de passagem.
Depois disso, com a banda propriamente dita, e passando por uma troca de baterista e outra de guitarrista, o Foo Fighters chegou ao que é hoje. O último disco é bala: “Echoes, Silence, Patience & Grace”, mas não é o melhor. Esse título ainda é dividido entre “The Colour and the Shape” e “In Your Honor”.

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Bom, nada disso é novidade, é só mais uma declaração de um fã incondicional desde o primeiro acorde do primeiro disco. Se você ainda não conhece Foo Fighters, sempre dá tempo. É sempre bom entrar em contato com uma banda que se importa mais com a MÚSICA que com a imagem ou com a “atitude rock’n roll” vendida na butique mais próxima. Rock de verdade, como o da Haze, sabe?

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Pra ouvir agora mesmo:

I´ll Stick Around

For All the Cows

Monkey Wrench

My Hero

February Stars

DOA

No Way Back

E bom proveito...

quinta-feira, 27 de março de 2008

o equilíbrio do dia seguinte


"O equilíbrio do universo passando pela minha vida", "A vida como uma maré", "Pobre quando acha um ovo tá choco", "Tava bom demais" e "Eu já sabia" foram alguns dos títulos que me ocorreram para estrear este novo blog (o terceiro na minha carreira de blogueiro).

O fato é simples e, de certa forma, inapelável: tudo no universo é balanceado. A luz do sol, ou da estrela equivalente em outros sistemas galáticos, ilumina uma face de um planeta, enquanto a mesma medida do corpo celeste se encontra na escuridão. Quando muitos leões nascem em uma "matilha" (não me ocorre o coletivo de leão nesse instante... perdão, Camões!), os filhotes são mortos sem cerimônia pelas mães. E por aí vai... a vida se baseia em equilíbrio permanente.


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Pois bem, a terça-feira foi um dia atípico para mim. Explico: o dia começou absolutamente ordinário, só um pouco mais cedo que o de costume, já que tinha uma reunião cedo de manhã no trabalho. Até aí, tudo normal. Ter que acordar mais cedo é algo que não me surpreenderia de maneira alguma. Mas depois as coisas mudaram... e surpreendentemente! Só tive boas notícias durante as subseqüentes horas do referido dia. O trabalho rendeu, em casa tudo maravilha, boas novas... tudo ótimo! Confesso que por um instante me peguei pensando: "Hmmm... muito estranho". Mas suprimi esse pensamento e tratei de focar nos fatos: ora, cacete, estão acontecendo coisas boas aos borbotões e eu aqui querendo ver lado ruim? Não! Me neguei a ser eu...

Eis que o dia acabou, tão bem quanto começou. Dormi feito um pequeno cavalinho feliz...

Eis que veio a quarta-feira. E com ela o equilíbrio.

Você já teve um dia a ser apagado? Esquecido? Enterrado? Pois é... nada deu certo na merda da quarta-feira (e não era de cinzas... hehe... boa essa hien? Pensei agora. Juro!). Tudo o que podia dar errado deu. O dia foi chato pra caralho e não vou entrar em detalhes mas foi foda mesmo...

Voltei ao normal. E a vozinha veio e disse, lá no fundo da mente "Viu?".

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Espero que isso tenha evitado o colapso universal ou algo assim.


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Enfim, duante as últimas horas desse maldito dia eu pensei em tanta coisa que eu gostaria de dizer, ou escrever, no caso, mas não tinha mais onde, já que meu último blog já deve estar inativo e seria ridículo escrever nele depois de sei lá quanto tempo. Então resolvi me dar mais essa chance de manter um diário, mesmo que online e mesmo que não seja exatamente um "diáááário..."


Estou de volta. Por enquanto. Não sei até quando.